quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Você sabia que os anfíbios são indicadores da qualidade ambiental?

      


  Os anfíbios são abundantes e funcionalmente importantes em muitos hábitats terrestres e aquáticos, sejam tropicais, subtropicais ou temperados. Sua maior diversidade ocorre nas florestas tropicais úmidas, onde o processo de desmatamento poderá ter efeitos desastrosos sobre suas populações. (Laurence, 2005)
    Os anfíbios são altamente sensíveis a alterações na qualidade da água (em especial sua contaminação por resíduos inseticidas, fertilizantes e por drenagens de minerações). Pesquisas em diferentes locais do Brasil, revelaram ainda que algumas espécies também são suscetíveis a mudanças na estrutura da vegetação próxima aos corpos d'água. (Laurence, 2005) 
    Nos últimos anos, os cientistas têm registrado um declínio das populações e a extinção de espécies de anfíbios em todo mundo. O fenômeno atinge principalmente em espécies mais exigentes, que vivem em hábitats mais restritos.
    Essas espécies, menos numerosas, são consideradas espécies-chaves para avaliar mudanças ambientais. Tais espécies precisam, para sobreviver, de condições ambientas bem definidas, comportando-se como indicadoras de qualidade ambiental.


Fonte: LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. 1ª Ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.

O uso sustentável de abelhas na agricultura.





"Atualmente, estima-se que, das 250 mil espécies de plantas com flores (angiospermas), 90% são polinizadas por animais, especialmente insetos. Os polonizadores são tão importantes para a reprodução das plantas quanto a luz e a água para seu crescimento. Mas também são essenciais para a espécie humana: dependemos das plantas e, portanto da polinização para obter alimentos, fibras (algodão, linho, etc.) e inúmeros outros produtos. Isso significa que as interações entre animais e plantas também nos afetam diretamente. (Laurence, 2005)
As abelhas estão entre os principais polinizadores do planeta. Sua extinção pode ameaçar também a sobrevivência do homem. Em algumas partes do mundo, estudiosos do assunto já confirmam a redução de colônias entre 30% e 70%, indício de que todas as espécies estão ameaçadas. Cientistas classificam o fenômeno da redução dessas populações de desordem de colapso da colônia (colony collapse disorder), significando sérios prejuízos para a biodiversidade, a produção de alimentos e a economia em geral.(Assis, 2013)
Polinizadores, como as abelhas e outros insetos e animais, representam um dos mecanismos essenciais à manutenção e promoção da biodiversidade no planeta, pois é somente após a polinização que as plantas formam frutos e sementes, fontes da sua própria reprodução. A importância desses polinizadores será o tema do V Seminário de Política destinadas a Resolver as Carências de Polinização (Fifth Policy Workshop on Addressing Pollination Deficits), que acontecerá em Nairóbi, Quênia, de 23 a 25 de setembro de 2013. (Assis, 2013)
        Nos Estados Unidos, campeão mundial em pesquisas e no aproveitamento de abelhas na agricultura, os números são reveladores. Em 1988, enquanto a produção de mel acrescentou mirrados 150 milhões de dólares à economia americana, o aumento da produção de alimentos com o auxílio dessas prestativas operárias gerou um lucro adicional de 20 bilhões de dólares para o setor agrícola. No Brasil, o hábito de recorrer a elas para polinizar lavouras não alça vôos tão altos. Pelo menos no campo, porque nas universidades o trabalho das abelhas vem sendo pesquisado há muito tempo. A professora paulista Regina Helena Nogueira Couto, por exemplo, pesquisa há dezenove anos a genética e o modo de vida desses insetos. No campus da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Jaboticabal, SP, ela lida diariamente com todo tipo de espécies: da Apis mellifera — a mais comum em todo o mundo — até a dócil jantaí (Tetragonisca angustula) ou a nordestina uruçu (Melipona scutellaris), cujo mel é um orgulho regional. "São muitos os insetos que coletam néctar e polinizam as flores. A vantagem das abelhas é que elas são mais eficientes e podem ser controladas", explica Regina Helena. (Prado, 1992)
Dependendo do tipo de plantação, uma colméia, com cerca de 60 000 abelhas, produz de 1 a 10 quilos de mel por semana. O que significa pelo menos 1,5 milhão de visitas coletivas às flores em busca da saborosa solução de água, açúcar e sais minerais do néctar, usado para produzir mel e enfrentar o inverno. Nesse vai e vem, elas levam outra riqueza: grãos de pólen, que as flores depositam estrategicamente em pequenas hastes, chamadas anteras, para lambuzar as visitantes. Carregadas com o precioso produto, voam de flor em flor, espalhando os grãos da fecundidade. As abelhas também se aproveitam desse alimento, rico em proteínas, para abastecer suas larvas.(Prado, 1992)


Fontes: 
LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. 1ª Ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.
ASSIS, L.Redução das colônias de abelhas representa ameaça aos seres vivos. Organização Mundial da Saúde. 2013. Disponível em: http://www.mma.gov.br/informma/item/9647-redu%C3%A7%C3%A3o-das-col%C3%B4nias-de-abelhas-representa-amea%C3%A7a-aos-seres-vivos. Acesso em 16/10/2013.
PRADO, R. Sobrevivência e Sedução. Revista Superinteressante.N.4. Ano 2. Disponível em:http://super.abril.com.br/ciencia/flores-polinizacao-sobrevivencia-seducao-440285.shtml. Acesso em 16/10/2013.




Existem plantas carnívoras no Brasil?


       
Não só existem, como somos o segundo país do mundo em número de espécies, perdendo apenas para a Austrália. O território brasileiro reúne mais de 80 delas, todas concentradas em seis gêneros:  Drosera, Genlisea, Utricularia, Heliamphora, Brocchinia e Catopsis (ambos da família das bromélias). As mais comuns são as Droseras, que se distinguem pela mucilagem, substância pegajosa que aprisiona insetos voadores. As bromélias fazem o mesmo, só que com os pêlos de suas folhas. Já as Heliamphoras atraem os insetos com suas cores vivas e néctar perfumado. Tanto as Genliseas, também chamadas violetas-do-brejo, quanto
as Utricularias são, em sua grande maioria, aquáticas, com pequenas bolsas que capturam os protozoários. "Uma planta é considerada carnívora quando tem a capacidade de atrair , prender e digerir moluscos, pequenos insetos e aranhas, ou mesmo organismos microscópios que vivem na água", afirma o botânico José Rubens Pirani, da Universidade de São Paulo (USP). Essa digestão é realizada por enzimas proteolíticas  (especialistas em digerir proteínas) ou bactérias, que quebram as substâncias em moléculas menores até poderem ser absorvidas pelas plantas.

Fonte: LAURENCE, J. Biologia: ensino médio, volume único. 1ª Ed. São Paulo: Nova Geração, 2005.


Utilidades das Algas

Utilidades das Algas


         As algas são ricas em sais minerais  (potássio, iodo, cobre, ferro, zinco, cálcio) e vitaminas A, C e do complexo B, o que faz com que sejam aproveitadas como alimento, fonte de substâncias para dar consistência e textura a alimentos e cosméticos entre inúmeros outros produtos, e como adubo. 
       Algas como Chlamydomonas e a Chlorella podem ser utilizadas também para eliminar o excesso de esgoto em estações de tratamento da água. Ao liberarem oxigênio pela fotossíntese, elas promovem decomposição aeróbica de resíduos orgânicos, o que evita a decomposição anaeróbica, que produziria gazes e compostos tóxicos. 
        Assim, pode-se compreender por cerca de 4 milhões de toneladas de algas são colhidas por ano em todo o mundo. 
         Elas podem ser cultivadas em tanques, no fundo do mar ou em cordas na superfície em áreas protegidas de ventos fortes e correntezas. Os principais produtores são os chineses e os japoneses, mas no Brasil também são cultivadas.

Fonte: LINHARES, Sérgio. GWEANDSZNAJDER, Fernando. Biologia: Volume Único. 1ª Ed. Ática, 2005.