domingo, 19 de fevereiro de 2017

FOTOSSÍNTESE E CADEIA ALIMENTAR

AOS ALUNOS DO 6º ANO...

FOTOSSÍNTESE E CADEIA ALIMENTAR
                                                                                                                            Virginia Sanches Uieda


Todos os organismos necessitam de matéria para sua construção e energia para suas atividades. Isto ocorre não somente ao nível do  organismo individualmente, mas também nas populações, comunidades e ecossistemas. No ecossistema, o qual compreende a comunidade e o ambiente abiótico onde ela está inserida, é importante o estudo de como ocorrem as transferências de energia e matéria. Este é um assunto relacionado à disciplina de Ecologia.
A transferência ocorre por todos os níveis da comunidade, iniciando pela captura da energia solar pelas plantas (produtores), através do processo de fotossíntese, e se espalhando por todos os demais níveis, incluindo herbívoros, detritívoros, carnívoros e decompositores. A maneira como se dá esta transferência é estudada por uma ciência denominada Energética ecológica. Alguns dos conceitos envolvidos neste estudo serão aqui abordados em dois tópicos: Fotossíntese e Cadeia alimentar.


Cadeia e Teia alimentar

Você, como a maioria dos animais, consegue viver graças à ENERGIA que adquire a partir dos alimentos que consome. Esta energia dá a capacidade ao seu corpo de executar todas as funções necessárias para sua sobrevivência. Esta energia é transferida ao longo de uma cadeia ou de uma teia alimentar.
Alguns exemplos de transferência de energia que ocorrem em um riacho são apresentados abaixo. Nestes exemplos você tem “o que é comido” (o alimento) ligado a “quem o consome” através de setas, que indicam o caminho que segue a energia, ou seja, “do que para quem”.
 
A Cadeia alimentar é linear, simples e com transferência unidirecional de energia. A Teia alimentar é não linear, mais complexa, semelhante a uma "teia de aranha", com transferência de energia em várias direções.
 
Você saberia dizer qual dos exemplos abaixo representa uma CADEIA alimentar e qual representa uma TEIA alimentar?
  
 
                       
 
 



As cadeias e teias podem ser de dois tipos: de pastejo e de detritos.





Cadeia ou teia de pastejo, onde a base, ou a energia que sustenta a cadeia, são as plantas (autótrofos), consumidas por herbívoros pastadores, por sua vez consumidos por carnívoros.




Cadeia ou teia de detritos, onde a base é a matéria orgânica não viva, decorrente da decomposição de corpos de vegetais e de animais e seus excrementos. Esta matéria é processada por microorganismos decompositores (fungos e bactérias), que a liberam na forma de nutrientes para as plantas, ou na forma de detritos que serão consumidos por organismos detritívoros, por sua vez consumidos por carnívoros.



 
 
Normalmente na natureza estes dois tipos estão interligados.



 

 
Pense: Como o homem pode interferir na transferência de energia?
 
O nível trófico corresponde a uma posição na teia (ou cadeia) alimentar. A posição da base da teia, correspondendo ao 1º nível trófico, é ocupada por produtores (em uma CADEIA DE PASTEJO) ou por matéria orgânica (em uma CADEIA DE DETRITOS). O 2º nível é ocupado pelos consumidores primários, que são herbívoros na cadeia de pastejo e detritívoros na cadeia de detritos. O 3º e próximos níveis são ocupados por carnívoros consumidores secundários, terciários, etc.
Veja nos exemplos abaixo os níveis tróficos e como um mesmo organismo pode pertencer a diferentes níveis, dependendo da cadeia trófica em que está envolvido. Usamos como exemplo o homem, que é onívoro, ou seja, pode consumir alimentos de origem vegetal e animal, inserido em duas cadeias de pastejo e uma cadeia de detritos.
 
 
 
 
 
 


 fonte: http://www2.ibb.unesp.br/nadi/Museu3_identidade/Museu3_identidade_funcoes/Documentos/Museu3_funcoes_fotossintese_cadeia.htm

REPORTAGEM


Aquecimento global ameaça cadeia alimentar marinha

Agência Fapesp* - - 30/07/2010
A quantidade de fitoplâncton nos mares tem caído no último século. A queda no conjunto de organismos aquáticos microscópicos com capacidade de fazer fotossíntese foi destacada na edição atual da revista Nature.

Segundo o estudo, a queda é global e ocorreu por todo o século 20. O fitoplâncton forma a base da cadeia alimentar marinha e sustenta diversos conjuntos de espécies, do minúsculo zooplâncton a peixes, aves e grandes mamíferos marinhos.

"O fitoplâncton é o combustível que move o ecossistema marinho e esse declínio afeta tudo o que está acima na cadeia alimentar, incluindo os humanos", disse Daniel Boyce, da Universidade Dalhousie, no Canadá, principal autor do trabalho.

Boyce e colegas usaram um grande conjunto de dados oceanográficos históricos e atuais em análise que verificou um declínio médio de 1% na quantidade de fitoplâncton nos mares do mundo. A tendência, segundo eles, é particularmente bem documentada no hemisfério Norte, onde a queda foi de 40% com relação aos valores encontrados na década de 1950.

Segundo os pesquisadores, a queda de longo prazo estaria relacionada com as mudanças climáticas globais, incluindo o aumento nas temperaturas das superfícies oceânicas, especialmente nas áreas próximas ao Equador, e alterações nas condições oceanográficas.

O estudo de três anos analisou dados desde 1899. As maiores quedas nos níveis de fitoplâncton ocorreram nas regiões polares e tropicais e em oceanos abertos, onde ocorre a maioria da produção global desse tipo de biomassa.

O fitoplâncton precisa de luz solar e de nutrientes para crescer. E os oceanos, quando mais quentes, tornam-se mais estratificados, o que limita a quantidade de nutrientes que se deslocam das águas mais profundas para a superfície.

As temperaturas mais elevadas, de acordo com o estudo, poderiam estar contribuindo para tornar os oceanos tropicais ainda mais estratificados, levando a uma crescente limitação na disponibilidade de nutrientes e ao declínio do fitoplâncton.

O estudo também concluiu que variações climáticas de grande escala, como o fenômeno do El Niño, afetam a produção de fitoplâncton em uma base anual, ao mudar as condições oceanográficas de curto prazo.

Os resultados contribuem para o crescente aumento de evidências científicas que indicam que o aquecimento global está alterando os mecanismos básicos dos ecossistemas marinhos.

"O declínio do fitoplâncton pelas mudanças climáticas é outra dimensão importante das alterações globais observadas nos oceanos, que já estão estressados pelos efeitos da pesca e da poluição. Novas ferramentas observacionais e uma melhor compreensão científica são necessárias para permitir previsões acuradas da saúde futura dos oceanos", disse Marlon Lewis, outro autor do estudo.


FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/aquecimento-global-ameaca-cadeia-alimentar-marinha-583401.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário