FOTOSSÍNTESE E CADEIA ALIMENTAR
Virginia Sanches Uieda
Todos os organismos necessitam de matéria
para sua construção e energia para suas atividades. Isto ocorre não
somente ao nível do organismo individualmente, mas também nas
populações, comunidades e ecossistemas. No
ecossistema, o qual compreende a comunidade e o ambiente abiótico onde ela
está inserida, é importante o estudo de como ocorrem as transferências
de energia e matéria. Este é um assunto relacionado à disciplina de
Ecologia.
A transferência ocorre por todos os níveis
da comunidade, iniciando pela captura da energia solar pelas plantas
(produtores), através do processo de fotossíntese, e se espalhando por
todos os demais níveis, incluindo herbívoros, detritívoros, carnívoros e
decompositores. A maneira como se dá esta transferência é estudada por uma
ciência denominada Energética ecológica. Alguns dos
conceitos envolvidos neste estudo serão aqui abordados em dois tópicos:
Fotossíntese e Cadeia alimentar.
Cadeia e Teia alimentar
Você, como a maioria dos
animais, consegue viver graças à ENERGIA que adquire a partir dos
alimentos que consome. Esta energia dá a capacidade ao seu corpo de
executar todas as funções necessárias para sua sobrevivência. Esta energia
é transferida ao longo de uma cadeia ou de uma teia
alimentar.
Alguns exemplos de
transferência de energia que ocorrem em um riacho são apresentados abaixo.
Nestes exemplos você tem “o que é comido” (o alimento) ligado a “quem
o consome” através de setas, que indicam o caminho que segue a
energia, ou seja, “do que para quem”.
A Cadeia alimentar
é linear,
simples e com transferência unidirecional de energia. A
Teia alimentar
é não
linear, mais complexa, semelhante a uma "teia de aranha", com
transferência de energia em várias direções.
Você saberia dizer qual dos exemplos abaixo representa
uma CADEIA alimentar e qual representa uma TEIA alimentar?
As cadeias e teias podem ser de dois
tipos: de pastejo e de detritos.
Cadeia ou teia de
pastejo,
onde a base, ou a energia que sustenta a cadeia, são as plantas
(autótrofos), consumidas por herbívoros pastadores, por sua vez consumidos
por carnívoros.
Cadeia ou teia de
detritos,
onde a base é a matéria orgânica não viva, decorrente da decomposição de
corpos de vegetais e de animais e seus excrementos. Esta matéria é
processada por microorganismos decompositores (fungos e bactérias), que a
liberam na forma de nutrientes para as plantas, ou na forma de detritos
que serão consumidos por organismos detritívoros, por sua vez consumidos
por carnívoros.
Normalmente na natureza estes dois tipos estão
interligados.
Pense: Como o homem
pode interferir na transferência de energia?
O nível trófico
corresponde a uma posição na teia (ou cadeia) alimentar. A posição da base
da teia, correspondendo ao 1º nível trófico, é ocupada por produtores
(em uma CADEIA DE
PASTEJO) ou por matéria
orgânica (em uma CADEIA
DE DETRITOS).
O 2º nível é ocupado pelos consumidores primários, que são
herbívoros na cadeia de pastejo e detritívoros na cadeia de detritos. O 3º
e próximos níveis são ocupados por carnívoros consumidores
secundários, terciários, etc.
Veja nos exemplos abaixo
os níveis tróficos e como um mesmo organismo pode pertencer a diferentes
níveis, dependendo da cadeia trófica em que está envolvido. Usamos como
exemplo o homem, que
é onívoro, ou seja, pode consumir alimentos de origem vegetal e
animal, inserido em duas
cadeias de
pastejo
e uma
cadeia de detritos.
fonte: http://www2.ibb.unesp.br/nadi/Museu3_identidade/Museu3_identidade_funcoes/Documentos/Museu3_funcoes_fotossintese_cadeia.htm
REPORTAGEM
Segundo o estudo, a queda é global e ocorreu por todo o século 20. O fitoplâncton forma a base da cadeia alimentar marinha e sustenta diversos conjuntos de espécies, do minúsculo zooplâncton a peixes, aves e grandes mamíferos marinhos.
"O fitoplâncton é o combustível que move o ecossistema marinho e esse declínio afeta tudo o que está acima na cadeia alimentar, incluindo os humanos", disse Daniel Boyce, da Universidade Dalhousie, no Canadá, principal autor do trabalho.
Boyce e colegas usaram um grande conjunto de dados oceanográficos históricos e atuais em análise que verificou um declínio médio de 1% na quantidade de fitoplâncton nos mares do mundo. A tendência, segundo eles, é particularmente bem documentada no hemisfério Norte, onde a queda foi de 40% com relação aos valores encontrados na década de 1950.
Segundo os pesquisadores, a queda de longo prazo estaria relacionada com as mudanças climáticas globais, incluindo o aumento nas temperaturas das superfícies oceânicas, especialmente nas áreas próximas ao Equador, e alterações nas condições oceanográficas.
O estudo de três anos analisou dados desde 1899. As maiores quedas nos níveis de fitoplâncton ocorreram nas regiões polares e tropicais e em oceanos abertos, onde ocorre a maioria da produção global desse tipo de biomassa.
O fitoplâncton precisa de luz solar e de nutrientes para crescer. E os oceanos, quando mais quentes, tornam-se mais estratificados, o que limita a quantidade de nutrientes que se deslocam das águas mais profundas para a superfície.
As temperaturas mais elevadas, de acordo com o estudo, poderiam estar contribuindo para tornar os oceanos tropicais ainda mais estratificados, levando a uma crescente limitação na disponibilidade de nutrientes e ao declínio do fitoplâncton.
O estudo também concluiu que variações climáticas de grande escala, como o fenômeno do El Niño, afetam a produção de fitoplâncton em uma base anual, ao mudar as condições oceanográficas de curto prazo.
Os resultados contribuem para o crescente aumento de evidências científicas que indicam que o aquecimento global está alterando os mecanismos básicos dos ecossistemas marinhos.
"O declínio do fitoplâncton pelas mudanças climáticas é outra dimensão importante das alterações globais observadas nos oceanos, que já estão estressados pelos efeitos da pesca e da poluição. Novas ferramentas observacionais e uma melhor compreensão científica são necessárias para permitir previsões acuradas da saúde futura dos oceanos", disse Marlon Lewis, outro autor do estudo.
REPORTAGEM
Aquecimento global ameaça cadeia alimentar marinha
Agência Fapesp* - - 30/07/2010
A quantidade de fitoplâncton nos mares tem caído no último século. A queda no conjunto de organismos aquáticos microscópicos com capacidade de fazer fotossíntese foi destacada na edição atual da revista Nature. Segundo o estudo, a queda é global e ocorreu por todo o século 20. O fitoplâncton forma a base da cadeia alimentar marinha e sustenta diversos conjuntos de espécies, do minúsculo zooplâncton a peixes, aves e grandes mamíferos marinhos.
"O fitoplâncton é o combustível que move o ecossistema marinho e esse declínio afeta tudo o que está acima na cadeia alimentar, incluindo os humanos", disse Daniel Boyce, da Universidade Dalhousie, no Canadá, principal autor do trabalho.
Boyce e colegas usaram um grande conjunto de dados oceanográficos históricos e atuais em análise que verificou um declínio médio de 1% na quantidade de fitoplâncton nos mares do mundo. A tendência, segundo eles, é particularmente bem documentada no hemisfério Norte, onde a queda foi de 40% com relação aos valores encontrados na década de 1950.
Segundo os pesquisadores, a queda de longo prazo estaria relacionada com as mudanças climáticas globais, incluindo o aumento nas temperaturas das superfícies oceânicas, especialmente nas áreas próximas ao Equador, e alterações nas condições oceanográficas.
O estudo de três anos analisou dados desde 1899. As maiores quedas nos níveis de fitoplâncton ocorreram nas regiões polares e tropicais e em oceanos abertos, onde ocorre a maioria da produção global desse tipo de biomassa.
O fitoplâncton precisa de luz solar e de nutrientes para crescer. E os oceanos, quando mais quentes, tornam-se mais estratificados, o que limita a quantidade de nutrientes que se deslocam das águas mais profundas para a superfície.
As temperaturas mais elevadas, de acordo com o estudo, poderiam estar contribuindo para tornar os oceanos tropicais ainda mais estratificados, levando a uma crescente limitação na disponibilidade de nutrientes e ao declínio do fitoplâncton.
O estudo também concluiu que variações climáticas de grande escala, como o fenômeno do El Niño, afetam a produção de fitoplâncton em uma base anual, ao mudar as condições oceanográficas de curto prazo.
Os resultados contribuem para o crescente aumento de evidências científicas que indicam que o aquecimento global está alterando os mecanismos básicos dos ecossistemas marinhos.
"O declínio do fitoplâncton pelas mudanças climáticas é outra dimensão importante das alterações globais observadas nos oceanos, que já estão estressados pelos efeitos da pesca e da poluição. Novas ferramentas observacionais e uma melhor compreensão científica são necessárias para permitir previsões acuradas da saúde futura dos oceanos", disse Marlon Lewis, outro autor do estudo.
FONTE: http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/aquecimento-global-ameaca-cadeia-alimentar-marinha-583401.shtml
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